quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Saudade...ah,saudade... [Dri]


Hoje se matricularam duas paraenses na academia onde trabalho. Enquanto uma delas fazia avaliação física, a outra sentou na recepção onde ficamos trocando figurinhas sobre nossa cidade, Belém do Pará. Quem me conhece sabe, sou de lá e faço questão de bater no peito e dizer isso... às vezes até encho o saco.
Ela tinha acabado de se mudar para cá e eu moro aqui há 12 anos. A troca de experiência foi intensa. Enquanto ela me contava as últimas da cidade das mangueiras, eu explicava o quanto seria difícil a adaptação.
A outra aluna tinha levado bombons do Pará para mim (elas tinham ido no dia anterior conhecer a academia), uma das minhas grandes paixões. Na verdade, é muito difícil achar algo que eu não ame em Belém. Um problema do ser humano é esse, só dá valor ao que tem depois que perde. Isso raramente acontece com um paraense, somos muito presos à terra, aos costumes, às tradições. Fomos ensinados desde crianças a dar valor ao que é nosso, pois ninguém o faria.
Por causa desse encontro e dessa amostra de álbuns, a saudade de uma família inteira que mora em Belém, bateu e com força total. Desde criança tenho uma frescura que é uma febre emocional, só vem quando sinto saudade. Frescura da porra. Hoje foi o dia dela aparecer. Passei a tarde à base de remédios, mas esqueci que meu remédio é o telefone ali na sala ou uma viagem de 6 hrs de avião (ou 36 de buzu).
Mesmo morando há 12 anos aqui, não me acostumei. Não à Salvador, e sim, a estar longe de lá. Raiz é raiz, forte. Família é família, intensa, mais forte e mais profunda ainda. É base.

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