Natal, Rio Grande do Norte. Sede do Intercom 2008, o maior congresso de comunicação do país. Eu e meus colegas não poderíamos perder essa. Estávamos super empolgados. Eu e minhas amigas, porém, tínhamos umas preocupação: o quarto do hotel era quádruplo, nós estávamos em três, ou seja, uma estranha ficaria no nosso quarto. No ônibus todo mundo caiu na bagaceira, menos uma menina, uma chata que até hoje não sei por que porra ela foi de ônibus. Para nossa terrível surpresa, a chata era nossa colega de quarto. Resolvemos dar um voto de confiança, afinal, que absurdo, só porque ela era crente não quer dizer que era chata.
Saímos para almoçar assim que chegamos e eu comecei a gostar dela. Não ficava falando muito de religião, ria com a gente e tentava ao máximo agradar. Até que eu perguntei se ela era crente (por causa do saião), ela me disse que sim, mas que achava bom as pessoas perguntarem por que significava que ela estava fazendo o trabalho dela direito. Uma pausa. Gravem bem essa frase. Ela vai ser muito útil para o porquê da construção desse texto.
Fizemos amizade com dois garotos assim que chegamos. Não lembro em qual dos dias foi, mas em algum desses dias nós saímos de noite e um desses garotos não foi. Achamos muito esquisito, mas deixamos para lá. A crente nunca saía. Quando voltamos para o hotel batemos na porta para ela abrir e ela mais do que imediatamente disse “já vai!”. Esquisito. Na noite anterior ela demorou uma vida para abrir, devia estar acordada. Uma hora dessas?! Ouvimos voz de homem no quarto. Nos entreolhamos e minha amiga disse: “Eu já sei quem tá aí”. Ela abriu a porta, olhamos o quarto e não vimos ninguém. Fui na sacada no quarto e não vi marca de pé, nem nada. Parecíamos Sherlock Holmes em busca de um babado. Ela disse que tava assistindo televisão e que tinha pego no sono. E isso foi suficiente para nossa sede por “novis”?
Tínhamos um suspeito. O nosso colega que ficou dormindo no hotel. Uma amiga nossa que tinha passado a tarde com a crente, disse ter visto uma troca de olhares, um certo mole que ela dava para ele, um “fuego” a mais da nossa santa do pau oco. Corremos para nosso amigo que tinha mais contato com ele, e para nossa surpresa (ou não), ele tinha contado tudo para ele. Disse que ela ligou para o quarto dele depois que saímos perguntando se ele também ia, mas ele estava dormindo. O colega de quarto deu o recado e ele achou estranho. Ligou de volta para fazer um teste: “O pessoal saiu e me deixou aqui dormindo”, ela respondeu “vem pra cá assistir televisão comigo”. Televisão? Na minha terra isso tem outro nome. Ele foi. E...ficaram. Pelo que nosso amigo contou, rolou até uns amassos enquanto ela dizia “Ai, que loucura meu Deus!”. Sabe o que nós imaginamos? Ela quando chegasse em Salvador, ajoelhada no milho de frente para cruz se batendo com um chicote e dizendo: “Ó Intercom, ó Natal!”
Tá bom, é preconceito eu sei, mas vai dizer que você não imaginou algo assim, bem bizarro vindo dela. A menina é uma hipócrita! Respeito muito todas as religiões, cada uma tem sua verdade, sua razão, mas se for para entrar em uma religião, é necessário ter o mínimo de respeito. Por essas e outras santas, que a gente cria esse estereótipo de “crente do cú quente”, “santa do pau oco”, dentre outros. Se um assunto tão sério como religião não é levado a sério, quem garante a um futuro namorado de uma menina como essa, que o casamento vai ser levado? Ah é, tinha esquecido! A religião não permite amassos e sexo, já o casamento...
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