terça-feira, 24 de março de 2009

“O Que Passou, (Não) Passou!”[Dri]

Ao entrar no ônibus para a faculdade, tive que fazer uma coisa que odeio: sentar entre dois conhecidos. Como ontem foi dia de Bavice, esse é, normalmente, o principal assunto que permeia as conversas. No meu caso começou de forma tranqüila com um vicitorinha contando que quase teve um infarto por causa da narração do quase gol do Baeaço. Aí começou minha tortura. Tive que aturar ele dizer que “300 torcedores da torcida ‘Invisíveis’ foram mais atitude que toda a torcida do Bahia”. Tive que ouvir, calada, ele comparar o campeonato baiano desse ano com o do ano passado: “nós perdemos a maioria dos Bavi (ces), mas quem levou a taça? Problema se vocês têm duas estrelas, nenhum de vocês eram nascidos! E aí os sofredores ‘piu’!”

Piu uma porra!

Quer dizer que o passado de um time é deixado de lado quando ele está numa fase ruim? Qual o prazo? Não nos apaixonamos por um momento do time, e sim, por tudo o que ele é e por tudo o que FOI! Se fosse assim só existiriam vira-folhas. Não somos “fanaticozinhos” como disse meu vice-padrasto, somos apaixonados por uma história, por uma tradição, um time que tomou corpo e ganhou alma. E essa alma somos nós, torcedores do Baeaço, que sabemos que o passado construiu o que somos hoje e é exatamente por causa dele que podemos almejar um futuro brilhante.

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