O caso de Isabella Nardoni, 5, que chocou o país, ganhou força graças a mídia que assumiu mais uma vez o papel de promotora de justiça. A garota supostamente assassinada pelo pai e madrasta (Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá) é conhecida, hoje, por todos os brasileiros. O desejo da grande maioria é que se faça justiça àquele ser inocente.
O que devemos nos perguntar é se a nossa imprensa pode se colocar no patamar de julgar e condenar antes mesmo que os responsáveis de direito (promotores e juizes) o façam. Porque o que se viu desde o começo da divulgação do caso foi o direcionamento dos meios de comunicação a fim de condenar o pai e a madrasta de Isabella. E se eles fossem inocentes? Não estamos aqui para defendê-los e sim, para analisar a forma como a nossa imprensa costuma apelar ao sensacionalismo.
No filme O Quarto Poder de Costa-Gravas, nota-se a mídia, de novo, fazendo esse papel de juíza. O nome do filme já trás o porquê dessa prepotência desmedida. A mídia acredita ser o quarto poder do nosso sistema democrático. Onde estão os conceitos de imparcialidade, de que nossa função aqui é informar e não manipular? Somos formadores de opinião e não colocadores de cabrestos. O filme de Costas-Gravas mostra o quanto se pode errar (e até matar alguém) só pela ânsia de audiência, promoção e bons salários.
Certo. Melhor não compararmos o caso de Isabella com um fato fictício. E a Escola Base? Considerado “o maior caso de erro, leviandade, falta de ética ou coisa parecida que já aconteceu na imprensa brasileira na falsa acusação de pessoas inocentes” por Rogério Duarte, mestre em Direito. Trata-se aqui de uma denúncia de abuso sexual contra crianças desta escola. Aconteceu também em São Paulo e repercutiu no Brasil inteiro, em 1994, fazendo com que o prédio da escola fosse invadido e destruído. Além disso, a mansão onde os supostos abusos aconteciam foi descoberta e o proprietário foi desmoralizado em público. O que deveria ser apurado e tratado com ética se transformou em novela, em que todos queriam saber qual seria o próximo capítulo.
Qual o preço disso? Transformar a vida de um sujeito “de bem” em um verdadeiro inferno? Imagina - se o que os estudantes de jornalismo devem estar pensando vendo esse caso de 14 anos atrás se repetir: Vou estudar quatro anos, me formar, correr atrás de um bom emprego, para no final perceber, que bastava saber “falar mal dos outros” e ter um pouco de influência para estar apto nesse mercado jornalístico. Porque como diz Roger Garaudy: “A maldição do fatalismo reside no fato de que basta acreditar nele para que ele se torne real”.
E a almejada imparcialidade onde fica? É, de fato, parece que ela está cada vez mais distante dos jornalistas. Alguns costumam dizer aos “focas” (jornalistas iniciantes) que imparcialidade só se estuda quando está na faculdade mesmo, na realidade, ela passa bem longe do cotidiano destes profissionais. É por isso que a população esta pré-disposta a ver casos da vida humana tratados de forma tão sensacionalista e desprovidos de compromisso.
A prévia condenação de Alexandre e Ana Carolina pela imprensa brasileira prova que a sociedade nesse país tem que pensar de acordo com o mercado midiatico, sem ao menos, poder tirar suas próprias conclusões. É a mídia dominando todo um público, tratando o povo brasileiro como verdadeiros “hommers” não é mesmo William Bonner?
O que devemos nos perguntar é se a nossa imprensa pode se colocar no patamar de julgar e condenar antes mesmo que os responsáveis de direito (promotores e juizes) o façam. Porque o que se viu desde o começo da divulgação do caso foi o direcionamento dos meios de comunicação a fim de condenar o pai e a madrasta de Isabella. E se eles fossem inocentes? Não estamos aqui para defendê-los e sim, para analisar a forma como a nossa imprensa costuma apelar ao sensacionalismo.
No filme O Quarto Poder de Costa-Gravas, nota-se a mídia, de novo, fazendo esse papel de juíza. O nome do filme já trás o porquê dessa prepotência desmedida. A mídia acredita ser o quarto poder do nosso sistema democrático. Onde estão os conceitos de imparcialidade, de que nossa função aqui é informar e não manipular? Somos formadores de opinião e não colocadores de cabrestos. O filme de Costas-Gravas mostra o quanto se pode errar (e até matar alguém) só pela ânsia de audiência, promoção e bons salários.
Certo. Melhor não compararmos o caso de Isabella com um fato fictício. E a Escola Base? Considerado “o maior caso de erro, leviandade, falta de ética ou coisa parecida que já aconteceu na imprensa brasileira na falsa acusação de pessoas inocentes” por Rogério Duarte, mestre em Direito. Trata-se aqui de uma denúncia de abuso sexual contra crianças desta escola. Aconteceu também em São Paulo e repercutiu no Brasil inteiro, em 1994, fazendo com que o prédio da escola fosse invadido e destruído. Além disso, a mansão onde os supostos abusos aconteciam foi descoberta e o proprietário foi desmoralizado em público. O que deveria ser apurado e tratado com ética se transformou em novela, em que todos queriam saber qual seria o próximo capítulo.
Qual o preço disso? Transformar a vida de um sujeito “de bem” em um verdadeiro inferno? Imagina - se o que os estudantes de jornalismo devem estar pensando vendo esse caso de 14 anos atrás se repetir: Vou estudar quatro anos, me formar, correr atrás de um bom emprego, para no final perceber, que bastava saber “falar mal dos outros” e ter um pouco de influência para estar apto nesse mercado jornalístico. Porque como diz Roger Garaudy: “A maldição do fatalismo reside no fato de que basta acreditar nele para que ele se torne real”.
E a almejada imparcialidade onde fica? É, de fato, parece que ela está cada vez mais distante dos jornalistas. Alguns costumam dizer aos “focas” (jornalistas iniciantes) que imparcialidade só se estuda quando está na faculdade mesmo, na realidade, ela passa bem longe do cotidiano destes profissionais. É por isso que a população esta pré-disposta a ver casos da vida humana tratados de forma tão sensacionalista e desprovidos de compromisso.
A prévia condenação de Alexandre e Ana Carolina pela imprensa brasileira prova que a sociedade nesse país tem que pensar de acordo com o mercado midiatico, sem ao menos, poder tirar suas próprias conclusões. É a mídia dominando todo um público, tratando o povo brasileiro como verdadeiros “hommers” não é mesmo William Bonner?
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